RN perde R$ 180 milhões com corte no orçamento
O contingenciamento feito pelo governo federal no Orçamento Geral da União (OGU) 2012 bloqueou pelo menos R$ 180,5 milhões para o Rio Grande do Norte em emendas parlamentares individuais e consensuais.
Em média, cada um dos oito deputados federais e três senadores apresentou oito emendas individuais no valor de R$ 6,5 milhões. Somado a isso, foram quatro emendas consensuais, no valor de R$ 84 milhões, beneficiando as universidades federais e estadual e o setor turístico.A coordenadora da bancada federal do Rio Grande do Norte no Congresso Nacional, deputada Sandra Rosado (PSB), lamentou a supressão das emendas parlamentares e acredita que o governo federal vai rever sua posição.
Segundo ela, cada parlamentar do Rio Grande do Norte indicou, em média, emendas no valor entre R$ 6,5 milhões e R$ 7 milhões, apesar de que o valor máximo ser de R$ 15 milhões para o OGU 2012. A deputada disse que geralmente os parlamentares mais antigos apresentam emendas no valor médio de R$ 6 milhões e os mais novos, no valor de R$ 4,5 milhões.
Foram apresentadas três emendas do Governo do Estado para o projeto do sistema adutor do Alto Oeste, a viabilização do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) e a estruturação das unidade de saúde do Estado. Uma das emendas apresentadas pelo governo ao OGU foi a duplicação da Avenida Francisco Motta, em Mossoró, no valor de R$ 30 milhões. Essa via é o principal acesso à Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) e única ligação de Mossoró ao município de Areia Branca, de onde saem diariamente centenas de caminhões transportando sal e petróleo.
O senador José Agripino Maia (DEM) disse não ter recebido informações detalhadas sobre o contigenciamento e estava em uma reunião quando atendeu à ligação da reportagem. Porém, ele afirma que a medida representa o “descaso” do governo federal com o poder Legislativo. “Todo início de ano o governo federal faz isso. É um descaso com os parlamentares e eu vou reagir. Vou lutar para manter o que for possível”, afirmou Agripino.
Do Novo Jornal
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