JOSIAN FLORENCIO DA SILVA

JOSIAN FLORENCIO DA SILVA

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Mistura de energético com álcool pode causar morte súbita. Diga aos filhos

Mistura de energético com álcool pode causar morte súbita. Diga aos filhos



Para prolongar os efeitos dos destilados, os jovens brasileiros têm utilizado, a combinação de energéticos e substâncias alcoólicas. Não é incomum observar o consumo desenfreado dessa mistura que, como consequência, potencializa o álcool no organismo e eleva as chances do desenvolvimento de problemas cerebrais, além de doenças cardíacas como a arritmia, crises de pressão alta e até mesmo a morte súbita.
 “A associação entre bebida e energético funciona como uma bomba”, afirma o Dr. Sergio Timermam, cardiologista do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas de São Paulo. O especialista revela que os fãs deste mix são, especialmente, os jovens com o desejo de mascarar o gosto da vodca, por exemplo, ou para prolongar a noite e manter a falsa sensação de “concentração”, visto que a bebida é um estimulante que diminui o sono e aumenta a vigília dos adolescentes.
Entretanto, é falsa a impressão de repentina energia que a substância provoca. Ainda que o energético contenha propriedades estimulantes como a cafeína, os efeitos da ingestão alcoólica continuam os mesmos, inclusive, com a diminuição dos reflexos em decorrência do álcool. Outro debate que envolve os energéticos se dá pela eliminação dos efeitos depressivos da bebida, o que é uma inverdade, segundo o cardiologista. “Se uma pessoa já apresenta pré-disposição à depressão ou já é diagnosticada com a doença, ela sofrerá os mesmos efeitos da mistura e da patologia. O que muda é a ausência da lentidão provocada pelo álcool”, justificou.
Alguns dos sintomas da explosiva combinação são indícios de alerta para aqueles que consomem a bebida. Para aqueles que já apresentam uma sensibilidade à cafeína, a probabilidade de aumentar a aceleração dos batimentos cardíacos, episódios de pressão alta e até o mesmo óbito são as decorrências nocivas do problema. Além do aumento da ansiedade, os jovens podem sentir insônia, dores estomacais, tremedeira e até mesmo intoxicação por cafeína. Vale ressaltar que para os indivíduos suscetíveis à mistura, qualquer quantidade da bebida pode desencadear males à saúde.
É fato comprovado que qualquer excesso é prejudicial ao organismo e com a junção do energético e álcool não é diferente. O abuso no consumo certamente manifestará seus sintomas quase que imediatamente e o especialista alerta para o consumo do energético não apenas com bebidas alcoólicas, mas com outras drogas e lamenta esse comportamento do jovem. “Infelizmente essa associação vai vitimar muitas pessoas, principalmente os adolescentes que bebem cada dia mais. A família deve tomar uma atitude e proibir o uso de qualquer bebida danosa, seja o energético ou o álcool”, diz o Dr. Sergio Timerman.
Se o estrago já foi feito e os sintomas de palidez, tremores, oscilação da pressão ou aumento da frequência cardíaca não desapareceram, o jovem deve ser encaminhado imediatamente ao atendimento profissional para que os especialistas façam o prognóstico e direcionem o paciente à melhor forma de tratamento imediata. Na maioria dos casos, os batimentos cardíacos e a pressão arterial são controlados, mas os adolescentes saem do hospital com a recomendação dos médicos para não mais fazer uso da combinação.

Diga não aos filhos

Mesmo que a comercialização do energético tenha sido aprovada em 1998 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), alguns alertas estão explícitos nas embalagens dos produtos, como a forte concentração de cafeína e a recomendação para não misturar a substância com o álcool. Por isso, os melhores orientadores nesses casos são os pais, que podem conversar e direcionar os filhos e mantê-los sob controle e atentos aos males causados pela combinação.

FONTE : Robson Pires

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