JOSIAN FLORENCIO DA SILVA

JOSIAN FLORENCIO DA SILVA

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

40 anos sem Pixinguinha, o Homem Poema

40 anos sem Pixinguinha, o Homem Poema


Alfredo da Rocha Vianna Jr (1897 – 1973), o Pixinguinha, é o pai da música brasileira. Normalmente reconhecido “apenas” por ser um flautista virtuoso e um compositor genial, costuma-se desprezar seu lado de maestro e arranjador.

Pixinguinha criou o que hoje são as bases da música brasileira. Misturou a então incipiente música de Ernesto Nazareh , Chiquinha Gonzaga e dos primeiros chorões com ritmos africanos, estilos europeus e a música negra americana, fazendo surgir um estilo genuinamente brasileiro.

Arranjou os principais sucessos da então chamada época de ouro da música popular brasileira, orquestrando de marchas de carnaval a choros.

Foi o primeiro maestro-arranjador contratado por uma gravadora no Brasil. Era um músico profissional quando boa parte dos mais importantes músicos eram amadores (os principais chorões eram funcionários públicos e faziam música nos horários de lazer).

Pixinguinha foi antes de tudo um pesquisador de música, sempre inovando e inserindo novos elementos na música brasileira. Foi muitas vezes incompreendido, e apenas anos mais tarde passavam a dar o devido valor a suas invenções.

Pixinguinha foi um menino prodígio, tocava cavaquinho com 12 anos. Aos 13 passava ao bombardino e a flauta. Até hoje é reconhecido como o melhor flautista da história da música brasileira.

 Mais velho trocaria a flauta pelo saxofone, pois não tinha mais a firmeza e embocadura necessárias. Aos dezessete anos grava suas primeiras instrumentações, vindo a no ano seguinte gravar suas primeiras composições, nada menos que as pérolas Rosa e Sofres Porque Queres.

Em 1922 têm uma experiência que transforma significativamente sua música. Um milionário patrocina a viagem de Pixinguinha e de seu grupo Os 8 Batutas para uma turnê européia.

 A temporada em Paris que deveria ser de um mês dura seis, tendo que ser interrompida devido a compromissos já assumidos no Brasil. Na Europa Pixinguinha trava contato com a moderna música européia e com o jazz americano, então moda em Paris.

Em 1964, sofre um infarte, e este fato lhe tira as melhores coisas da vida, as c
oisas que ele mais gostava, os serões com amigos e o “whisky”.

Nesta época ficou internado numa clínica durante 20 dias; e fez 20 músicas, uma por dia.
No dia 17 de fevereiro de 1973, Pixinguinha ia ser padrinho de batismo de um garoto, numa igreja em Ipanema.

Estava em companhia do filho Alfredo e de sua nora, enquanto a cerimônia não começava, conversaram.

De repente Pixinguinha sentiu-se mal. Não houve tempo para nada. A equipe médica chamada as pressas nada pode fazer.

Pixinguinha morreu na sacristia da igreja da Paz, em Ipanema no Rio de Janeiro, às 4h30m do dia 17 de fevereiro de 1973.

Pixinguinha faria 100 anos no ano que vem (1997). Estão sendo planejadas grandes comemorações pela cidade do Rio de Janeiro.

Desde já têm sido realizadas diversas apresentações públicas de grupos tocando sua obra. Discos estão sendo lançados e relançados. A cidade vai ferver homenageando o Maestro Pixinguinha.
 
FONTE : Grande Ponto

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