2 jan 2012
Greves e protestos marcam ano de novos governadores, inclusive o de Rosalba
A Folha de São Paulo traz matéria nesta segunda-feira (02) destacando que governadores que estrearam no cargo em janeiro de 2011 enfrentaram já no primeiro ano protestos e greves em serviços públicos. Educação e segurança pública foram os setores que mais representaram dor de cabeça aos “novatos”. Eleito com a segunda maior votação proporcional do país (mais de 80% dos votos), e sem oposição na Assembleia, Renato Casagrande (PSB-ES), por exemplo, enfrentou em junho protestos de estudantes e sindicalistas que saíram às ruas de Vitória contra aumento na passagem de ônibus. À época, o governo negou crise.
No Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) sofreu com bloqueios de rodovias por policiais da Brigada Militar, uma ameaça de bomba e protestos de professores. O chefe da Casa Civil do governo gaúcho, Carlos Pestana, disse que os bloqueios foram casos isolados. Para ele, os protestos foram motivados em parte pela expectativa dos servidores, que estavam com salários defasados. Rosalba Ciarlini (DEM-RN) enfrentou greves de servidores após anunciar que não pagaria os aumentos embutidos num plano de cargos e salários aprovados na gestão de seus antecessores, em 2010. Ao menos sete categorias paralisaram parcialmente as atividades. Segundo o secretário chefe do Gabinete Civil, José Anselmo de Carvalho Júnior, o governo estava impossibilitado de dar o aumento, pois descumpriria a Lei de Responsabilidade Fiscal.
No DF, o governador Agnelo Queiroz (PT), que é alvo de acusações de corrupção por ações anteriores ao mandato, enfrentou duas greves de policiais civis, uma de servidores da saúde e protestos de moradores contra as condições do transporte público. Simão Jatene (PSDB-PA) enfrentou greve de 54 dias dos professores estaduais. Os professores também paralisaram em Santa Catarina, do governador Raimundo Colombo (PSD), e no Amapá, de Camilo Capiberibe (PSB). Policiais também fizeram greves em Goiás, de Marconi Perilo (PSDB); Rondônia, de Confúcio Moura (PMDB), e Acre, de Tião Viana (PT).
FONTE : Robson Pires
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